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O presente trabalho resulta de uma pesquisa de doutorado em museologia e patrimônio, que explora o processo histórico das coleções biológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sob a perspectiva da museologia e do patrimônio. Desde seus primórdios, a instituição desenvolveu iniciativas que culminaram na formação e gestão de coleções biológicas, bem como na criação de espaços destinados ao seu manejo. O objetivo é identificar o papel do Museu nos processos institucionais da Fiocruz, analisando historicamente como ele emerge, não como um espaço definido, mas como uma instância híbrida, moldada pelas interações entre a pesquisa científica e as políticas institucionais. O crescimento das coleções, tanto em volume quanto em tipologias, demandou a organização de espaços que desempenham funções museológicas, como inventariar, preservar e exibir os acervos acumulados, ainda que sem uma estrutura formal de gestão museológica desde o início. Dessa forma, o Museu é entendido como uma instância em constante transformação, ajustando-se ao desenvolvimento da Fiocruz, como uma instituição científica que acumula e desenvolve coleções, moldando-se continuamente ao longo do tempo como resultado desse processo.