Última alteração: 2025-02-03
Resumo
Ao considerar a circulação e a apropriação de informações desfavoráveis e desinformativas sobre as universidades públicas e a ciência brasileiras como exemplos da produção discursiva em disputa, material e simbólica, na contemporaneidade, este estudo, de base teórico-ensaísta, discute sobre a interdependência das dimensões lógica, estética e ética nos atos infocomunicacionais. Sob a perspectiva da Ciência da Informação, da Comunicação Social e da Psicologia, parte do uso público da razão pelo Estado na produção de discursos oficiais, para discorrer sobre os dilemas epistemológicos do informar. Apoiado na transversalidade do objeto, propõe um diálogo com as ações educomunicativas e as cinco leis da bibliopsicologia elaboradas pelo teórico russo Nicolas Roubakine (1862-1946). Os resultados indicam que as iniciativas do autor, ao enfatizarem a passagem do estético ao ético como acesso ao lógico, evidenciam a dimensão afetiva e emocional como elemento chave da racionalidade, mormente ignorada na ontologia ocidental centrada no logos, descortinando, assim, aproximações teóricas com estudos emergentes em Ciência da Informação.