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COBERTURA DAS BASES SCIELO, WEB OF SCIENCE E SCOPUS: ANÁLISE COMPARATIVA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA
Última alteração: 2025-02-07
Resumo
A análise da cobertura de bases de dados é importante para compreender e avaliar a produção científica de um país. No Brasil, a base SciELO apresenta-se como uma importante fonte complementar às bases internacionais. O objetivo do estudo consistiu da análise da sobreposição e singularidade relativas das bases SciELO, Web of Science e Scopus na produção científica brasileira entre 2010 e 2020, ao longo do tempo e nas diversas áreas. A base SciELO foi tomada como complementar à Web of Science, permitindo que a comparação com a Scopus (com 624.535 artigos) tenha se dado em relação à Web of Science (589.139 artigos) e a Web of Science mais SciELO (672.702 artigos). A distribuição anual dos artigos mostrou que a SciELO propicia um aumento de cerca de 14% de artigos em relação à Web of Science, e que a expansão da Web of Science em 2015 altera significativamente a cobertura no período, com a criação do Emerging Sources Citation Index. A maior porcentagem de sobreposição se deu entre Web of Science e Scopus (90,1%), enquanto a menor foi entre Scopus e Web of Science (81,8%), revelando que a singularidade maior é da Scopus, mas se aproximando consideravelmente após 2015. A sobreposição dessas bases é mais alta nas ciências duras, enquanto a singularidade se revela mais claramente nas ciências brandas, o que sugere que estudos nestas últimas mereçam uma avaliação sobre o uso das bases combinadas, o que fica mais acentuado após a expansão da WoS. Por fim, sugere-se que pesquisas futuras aprofundem o estudo da cobertura das bases considerando os periódicos exclusivos de cada base, assim como é importante compreender se o aumento de singularidade se dá por um aumento de produção científica em periódicos do Brasil ou do exterior que passaram a ser indexados em determinada base.
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