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Os ambientes de acesso, compartilhamento e preservação da informação, cultura e memória das sexualidades e dos gêneros dissidentes cumprem um papel social relevante na construção de narrativas alternativas à cisgeneridade e à heterossexualidade compulsórias. Esses espaços contribuem para a visibilidade de existências historicamente marginalizadas e postas como subalternas. Desse modo, o presente trabalho buscou responder qual o papel da Ciência da Informação na preservação e no compartilhamento da informação, cultura e memória das dissidências sexuais e de gênero? E como os ambientes de informação contribuem para o fortalecimento dessas temáticas e para a construção de uma sociedade mais igualitária? O objetivo geral foi explorar e sistematizar tais ambientes, bem como analisar sua importância para o acesso, compartilhamento e preservação. Como objetivos específicos, buscou-se: a) discutir a responsabilidade da Ciência da Informação para acesso, preservação e compartilhamento da informação, cultura e memória das dissidências sexuais e de gênero; b) realizar um mapeamento, em âmbito nacional, dos espaços que se dedicam ao acesso, ao compartilhamento e à preservação da informação, cultura e memória referentes a essa temática; c) refletir sobre a importância desses espaços para  a identificação pessoal e coletiva de sujeitos que não correspondem à cisheteronormatividade. A metodologia utilizada foi de caráter teórico e exploratório-descritivo. Os resultados revelam que o cenário de atividades voltadas para a informação, cultura e memória das dissidências sexuais e de gênero no Brasil é diversificado. Os ambientes identificados abrangem uma gama de organizações e projetos, que incluem desde acervos digitais até museus físicos, galerias de exposição e atividades de curadoria de conteúdo. Essas iniciativas são essenciais para a documentação, a preservação, o acesso e o compartilhamento da informação, cultura e memória das dissidências sexuais e de gênero no país.