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Este estudo visa aplicar um paradigma afrocentrado à pesquisa em andamento sobre mulheres ganhadeiras em Pernambuco, Brasil e Luanda, Angola, com o objetivo de desafiar as bases eurocêntricas da Ciência da Informação. Utilizando uma abordagem qualitativa fundamentada em levantamento bibliográfico, o trabalho explora temas como memória e afrocentricidade, destacando a importância de visibilizar a racialidade dos autores como estratégia para negritar saberes negros e decoloniais. A pesquisa propõe uma reflexão crítica sobre o estudo da memória na Ciência da Informação dentro de um contexto decolonial e afrocentrado, especialmente ao examinar as ganhadeiras nesse contexto. O estudo das ganhadeiras não apenas amplia a compreensão de suas práticas econômicas e culturais, mas também busca evidenciar suas contribuições históricas e contemporâneas, posicionando-as como agentes ativos na construção de conhecimento. Conclui-se que este trabalho não apenas adota um paradigma afrocêntrico, mas também propõe uma crítica fundamentada para a descolonização contínua da Ciência da Informação, promovendo uma visão mais múltipla das narrativas históricas e culturais afrodescendentes.