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DESOBEDIÊNCIA INFORMACIONAL: UMA TEORIA OU UM FENÔMENO APROPRIATIVO?
Última alteração: 2025-02-07
Resumo
Após o desmantelamento da União Soviética, no início da década de 90, começa a mais grave crise econômica da história de Cuba após a revolução ocorrida nos anos 50. Vítima de um forte embargo econômico internacional, proposto e organizado pelos Estados Unidos, Cuba precisou encontrar formas de sobrevivência como nação em um período que chegou à ser definido pelo governo cubano como “período especial em tempos de paz”, dada a sua extrema peculiaridade. Do ponto de vista social e econômico, uma das soluções de sobrevivência neste assim chamado “período especial” baseou-se na construção de comunidades de prática, que serviam inicialmente para a ressignificação de objetos e conhecimentos. Tal fenômeno chegou a ser denominado inicialmente de “desobediência tecnológica”, mas, agora, com o advento da Internet, em um mundo onde toda a informação mundial tende a estar cada vez mais conectada, se apresenta então com um caráter também mais amplo, que chamaremos de “desobediência informacional” o que, em síntese, estaria baseada na apropriação e posterior ressignificação de conhecimentos e informações. A sugestão de uma proposta para o reconhecimento da “desobediência informacional” como um objeto de estudo para a Ciência da Informação é o tema deste artigo.
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