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A Catalogação Descritiva é uma área de conhecimento teórico-aplicada-tecnológica e especializada, tem como finalidade a descrição dos recursos informacionais e a manipulação de seus dados bibliográficos em ambientes informacionais para posterior recuperação e acesso. Como parte relevante desse campo, as publicações seriadas, são recursos informacionais dinâmicos e objetos bibliográficos complexos, publicados em uma sucessão de partes distintas sem conclusão predeterminada. Essa pesquisa, de caráter bibliográfico, tem como objetivo investigar e apresentar a trajetória teórico-conceitual das publicações seriadas na tradição catalográfica anglo-americana, a partir de uma revisão de literatura e dos principais instrumentos que nortearam a prática catalográfica desse contexto. Verificou-se na trajetória histórico-conceitual das publicações seriadas três paradigmas: (I) publicações seriadas como identidade conceitual norteada por intenção editorial (entradas únicas); (II) publicações seriadas como identidade conceitual fortemente relacionada ao título, prática intimamente ligada à prática de citações acadêmicas (entradas sucessivas); e (III) publicações seriadas como agregados e entidades do universo bibliográfico, com identidade conceitual estabelecida a partir de conceitos editoriais e políticas de publicação, que no decorrer do tempo, gera fascículo que agregam diversas outras obras particulares. Outrossim, verificou-se o estabelecimento de uma terminologia conceitual onde as publicações seriadas são definidas por termos recorrentes como: “recursos contínuos”, “partes sucessivas” etc., que sofrem alterações com a reestruturação sintática e semântica do universo bibliográfico efetuada pelos modelos conceituais, onde há o surgimento de uma nova terminologia.