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O “Acervo da vergonha” foi um espaço criado pelo então presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo (gestão 2019-2022), para expor os livros “vergonhosos”. Objetiva-se abordar conceitos de intencionalidade e reflexões sobre os conflitos e interessamentos a partir de parte dos atores (com representatividade relativa na comunidade negra no Brasil) presentes no curso de ação da composição do mencionado espaço. Para tanto, o recurso heurístico da Teoria Ator-Rede e de epistemologias decoloniais foram relevantes com vistas a, nessa ordem, não hierarquizar os atores humanos e não-humanos e não se restringir a referenciais europeus. Destaca-se que o “Acervo da vergonha” foi considerado pela representação da comunidade um desrespeito à história da Fundação e às lutas dos movimentos negros.