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A biblioteca pode ser um instrumento crucial na construção de uma sociedade antirracista, contribuindo para a equidade racial através de seus serviços e coleções. Este artigo, utilizando uma abordagem qualitativa e procedimento bibliográfico, reflete como o acervo das bibliotecas pode ser instrumentalizado para promover uma educação antirracista. A análise foca nas temáticas raciais abordadas nos quadrinhos “Jeremias — Pele” (2018) e “Jeremias — Alma” (2020), da coleção Graphic MSP. A leitura dessas obras revela que as histórias protagonizadas por Jeremias tratam de questões como racismo, representatividade, epistemicídio e violência policial de maneira lúdica e acessível. A trilogia, escrita por Rafael Calça e ilustrada por Jefferson Costa, é especialmente relevante para fomentar a discussão de questões étnico-raciais dentro das bibliotecas. Esses quadrinhos exemplificam como o acervo de uma biblioteca pode ser utilizado para educar e sensibilizar sobre temas raciais, tornando-se um recurso vital na luta contra o racismo. Ao incluir tais obras em seus acervos, as bibliotecas podem desempenhar um papel ativo na promoção da justiça social e na construção de uma sociedade mais igualitária.