Este estudo tem como objetivo analisar os griôs, contadores de histórias da sociedade africana, sob a perspectiva da Ciência da Informação, para explorar sua relação com os conceitos de fontes de informação, documentos e memória. Como percurso metodológico, adotamos a revisão narrativa de literatura com abordagem qualitativa para análise. No que se refere aos procedimentos, pesquisamos no Google Acadêmico e na SciELO usando os seguintes descritores: griôs, cultura oral, oralidade, documento oral, fontes de informação, memória e patrimônio em português e inglês. Observamos, como resultados, que as práticas exercidas pelos griôs vão além da contação de histórias, visto que a transmissão de informações e a preservação das raízes culturais da África, para as próximas gerações, é característico de seu papel social. Portanto, concluímos que, no cenário da cultura oral, os griôs se configuram como fontes de informação que amparam, resgatam e disseminam informações em sua comunidade mantendo viva, assim, a memória e o patrimônio cultural de seus ancestrais nos diversos contextos da sociedade. Por fim, contemplamos que os griôs evidenciam a estreita relação de sua práxis com a oralidade, informação, documento e memória e, consequentemente, com a Ciência da Informação.