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AS REPRESENTAÇÕES DA MEMÓRIA ITALIANA EM EXPOSIÇÕES NO MUSEU CASA DE PORTINARI E NO MUSEU CASA DA MEMÓRIA ITALIANA
Última alteração: 2025-02-03
Resumo
A terra roxa, denominação de terra vermelha (terra rossa, em italiano) dada pelos imigrantes italianos que chegaram à região de Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo, é o local de desenvolvimento deste trabalho. A pesquisa tem como objetivo de refletir sobre a existência das representações da memória italiana nas exposições do Museu Casa de Portinari (Brodoswki/SP) e do Museu Casa da Memória Italiana (Ribeirão Preto/SP). Para tal, a pesquisa qualitativa e exploratória, utilizou o método comparativo entre os dados coletados a partir de observação direta e da análise documental pertinente a ambas exposições selecionadas. A fundamentação teórica recorre ao pensamento de Roland Barthes e à interpretação baseada na estética do visível. A retórica da imagem proposta por Barthes auxiliou na identificação das mensagens a partir da denotação, sentido real, ou da conotação, sentido subjetivo, relativos à memória italiana presentes nos cômodos onde se localizam as cozinhas dos dois museus-casa. Cada cômodo assume uma função específica dentro da rotina doméstica enquanto moradia, possibilitando reconhecer e compreender os hábitos, costumes e a cultura que dava vida à casa no período de sua utilização. A cozinha indica a funcionalidade do preparo das refeições, as formas de circulação, a decoração e técnicas de construção. Na interpretação das duas cozinhas foram identificadas representações da cena familiar e dos gostos culturais através de cheiros de comida fresca, sons das conversas e gostos típicos da Itália – indícios que reúnem mais representações da memória italiana que em qualquer dos demais ambientes dos museus-casa.
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