O artigo aborda os conceitos ‘narrativa’, ‘senso comum’, ‘saber local’ e ‘corporeidade’, em face da perspectiva idílica oriunda dos avanços tecnológicos e da própria inteligência artificial. O chatbot é a nova biblioteca universal? Quais conhecimentos seriam preservados e quais seriam desbastados? Parte-se da hipótese que a oralidade (palavra) é fator preponderante para a preservação de saberes locais, da interação entre a realidade dos oradores e o ambiente ao qual estão instalados. Dois pilares são usados como metodologia: a metateoria classificatória de John Tennis e a proposta de criação de conceitos de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Discute, a partir dos cenários apresentados, a primazia do saber único contrapondo conceitos operacionais como tradição oral, saber local e bibliotecas vivas, como formas de reavivar o diálogo sobre a preservação do conhecimento oral e da preservação da vida que circunda os oradores. Conclui que o conceito “Bioblioteca” é um amálgama da organização da informação que comporta a união dos conceitos propostos para melhor dialogar sobre a preservação dos saberes/fazeres, gerados pelos acontecimentos primordiais da vida. Considera que novos estudos devem emergir a partir da proposta conceitual apresentada.