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LIMÍTROFES INFORMACIONAIS DA LESBIANIDADE NO SNI DA DITADURA MILITAR
Última alteração: 2023-11-10
Resumo
Apresenta os conceitos de limítrofe informacional e resistência informacional à luz dos estudos relacionados a gênero, sexualidade, informação e memória. Empreende a discussão a partir da vivência lésbica captada pelos olhos censores da Ditadura Militar (1964-1985), especialmente no Sistema Nacional de Informação (SNI). A documentação fora levantada no antigo órgão, enquanto fundo documental da plataforma Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional. Os 24 documentos recuperados revelam o olhar atento da Ditadura Militar às sexualidades não-heternormativas, por meio do fichamento, vigilância e acompanhamento de atrizes sociais entendidas como subversivas. Utilizou-se a análise de conteúdo, de Laurence Bardin para melhor entendimento do conteúdo dos documentos, que revelam que a Ditadura Militar buscava, em primeira instância, apagar a comunidade e, em segunda, promover a imagem negativa destes corpos, empreendendo discursos fóbicos e utilizando-se da circulação de informação também de maneira fóbica e impedimento de circulação da informação produzida por esta comunidade (em forma de censura)com vistas a reforçar uma imagem negativa de mulheres lésbicas ou entendidas como lésbicas.
Palavras-chave
Informação gênero-sexualidade; Lésbica; Ditadura Militar; Comportamento informacional
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