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A discussão sobre inteligência artificial ética e confiável é sobretudo a discussão sobre responsabilidades. A construção de sistemas de Inteligência artificial envolve uma extensa rede de atores com conhecimentos, hábitos, interesses e prioridades possivelmente diferentes e conflituosas, levando, portanto, a existência de diferenças e percepções importantes sobre a dimensão ética da inteligência artificial. Considerando que necessitam dispor de um equipamento teórico-prático e de um conhecimento autorreflexivo sobre suas próprias práticas, alinhando-os aos conhecimentos disciplinares necessários para a sua atuação profissional, aponta-se a importância do desenvolvimento de uma competência crítica alicerçada e revigorada pelo indagar e refletir própria da ética, enquanto ramo da filosofia prática e, em especial, da ética da informação. O objetivo desse trabalho é investigar em documentos que tratam de ética em Inteligência artificial a existência de remissivas ao estímulo do desenvolvimento de competências, para além das competências técnica e instrumental, que possibilitem um contínuo pensamento crítico-reflexivo fundamentado na teoria e na prática de forma a orientar ações responsáveis, justificáveis e, sobretudo, transformadoras. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental. A partir da análise do corpus dos documentos, é possível perceber que o debate sobre inteligência artificial ética em diálogo com a ética da informação é incipiente.

Inteligência Artificial Ética; Ética da Informação; Diretrizes sobre Inteligência Artificial.