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A EDIÇÃO UNIVERSITÁRIA E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS: CONJUNTURAS, ACONTECIMENTOS E ATORES NAS EDITORAS BRASILEIRAS
Última alteração: 2025-02-06
Resumo
Para estudar a edição universitária, é preciso considerar os dispositivos institucionais de cada editora e seus contextos internos e externos, visando compreender os processos e a sua intencionalidade com cada publicação. Este trabalho objetiva verificar os acontecimentos favoráveis ao enfrentamento dos desafios existenciais das editoras universitárias brasileiras. Para tanto, realiza revisão bibliográfica sobre o tema edição universitária e analisa resultados da aplicação de questionário com as editoras. Como atores, destacam-se autor, leitor, editor e tradutor; como atores institucionais, sobressaem-se a ABEU, a BN, a CBL, o SNEL, o EULAC, as editoras, distribuidoras e livrarias. Dentre os acontecimentos identificados, destaca a transição do suporte físico para o digital como estratégia de enfrentamento à pandemia de covid-19 e a adoção do livro em acesso aberto, tendo sido identificados como suportes utilizados, os digitais (PDF e EPUB totalizam 63% das respostas), ultrapassando os livros físicos (34%). Constata que apenas sete editoras comercializam seus livros publicados em formato digital, as demais publicam em acesso aberto. Destaca tendências percebidas, como os inventários das práticas editoriais em eventos em geral; os relatos das editoras sobre suas experiências em sintonia com as transformações na textualidade eletrônica e a transmissão gratuita de conhecimentos gerados nas pesquisas da universidade pública; a publicação de livros digitais; a opção pelas plataformas digitais, como alternativa de inserção no mercado (e-commerce); a autonomização econômica expressiva em algumas editoras. Conclui pela crítica à prática, possível contribuir para a discussão dos critérios e para o delineamento de estruturas e projetos editoriais universitários que valorizam o livro e a ciência.
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