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O CRIME NO MUSEU: AS COLEÇÕES DE ARTE APREENDIDAS PELA “OPERAÇÃO LAVA JATO”
Última alteração: 2025-02-03
Resumo
Este artigo investigou processos informacionais que foram construídos a partir das coleções de arte apreendidas em onze fases da denominada “Operação Lava Jato”, no período compreendido entre 2014 e 2024, as quais se encontram, à exceção de uma, custodiadas no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba/PR. A pesquisa objetiva analisar, em um primeiro momento, as relações possíveis entre Artes Visuais, Ciência da Informação, Museologia e Direito, com destaque para algumas experiências de musealização de coleções de arte apreendidas em operações policiais tendo instituições museológicas como fiéis depositárias. Em seguida, a “Operação Lava Jato” é contextualizada no tocante às fases em que conjuntos artísticos foram apreendidos. Na parte final, a pesquisa se debruçou na indicação das possíveis fontes de informação (laudos periciais, catálogos e demais informações técnicas sobre a coleção) elaboradas a partir da construção desse peculiar acervo de obras, formado no contexto de diferentes processos judiciais criminais. A metodologia adotada foi do tipo descritiva e exploratória com abordagem qualitativa, fez uso de um estudo de caso com apoio em literatura específica a respeito do tema, bem como em pesquisas e trabalhos que versavam sobre musealização desse tipo de coleção. O artigo ainda apresenta alguns dos desafios enfrentados pelos profissionais em museus depositários de coleções apreendidas em operações policiais e evidencia os processos infocomunicacionais realizados nas coleções analisadas.
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