Sistema Eletrônico de Administração de Conferências ANCIB, XXIV ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

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PRODUTIVISMO ACADÊMICO, IMPACTOS E BEM ESTAR SUBJETIVO NA PRÁTICA CIENTÍFICA DOS BOLSISTAS DE PRODDUTIVIDADE EM PESQUISA
Luciana Ferreira da Costa, Edilson Teixeira Barbosa Filho

Última alteração: 2025-02-10

Resumo


O produtivismo acadêmico é considerado um fenômeno proveniente dos processos de avaliação da pós-graduação, sendo caracterizado pela excessiva ênfase na quantidade da produção científica. Neste sentido, a presente pesquisa tem como objetivo analisar o fenômeno produtivismo acadêmico na prática científica dos bolsistas de produtividade PQ do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico na área da Ciência da Informação. Para tanto, contempla os bolsistas de produtividade vinculados aos Programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação com oferta nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Para tal, descreve o perfil dos bolsistas, o entendimento sobre o produtivismo acadêmico e, em seguida, identifica, na perspectiva deste grupo, o impacto do produtivismo acadêmico em suas práticas científicas, com adensamento ao bem-estar subjetivo. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa, sob abordagem qualitativa com aporte quantitativo, é de natureza bibliográfica, documental e descritiva. Os resultados são tratados por meio da análise de conteúdo por categorias temáticas e evidenciam que os bolsistas de produtividade entendem que estão submetidos e que são fortemente atravessados pelo fenômeno produtivismo acadêmico em suas atividades, sobretudo quando avaliados, quantitativamente, em termos de publicações, para concessão de recurso para pesquisas. Os bolsistas de produtividade apontam que o produtivismo acadêmico, associado à sociedade do cansaço e/ou desempenho, intervém no bem-estar subjetivo. Conclui que os bolsistas de produtividade consideram que devem ser produtivos, mas não produtivistas, comprometendo-se em contribuir com as áreas de conhecimento e com uma ciência cidadã por meio de estímulos “saudáveis” e não imposições.

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