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MEDIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES: UMA PERSPECTIVA DECOLONIAL
Última alteração: 2025-02-06
Resumo
Discute a política de desenvolvimento de coleções que está sendo elaborada para a biblioteca do Centro Cultural de Cidadania e Economia Criativa - MACquinho, equipamento cultural da Prefeitura de Niterói, localizado no Morro do Palácio, Niterói, RJ. A política adota como epistemologia a perspectiva decolonial, entendendo que a formação dos acervos nessa direção é uma prática de mediação da informação que coloca sob crítica os discursos hegemônicos. Tem como referencial teórico os estudos críticos da informação e a concepção de mediação como processo de interferência que tem como categoria central o usuário, entendendo-o não como mero receptor passivo da informação, mas como sujeito dos processos de construção e apropriação do conhecimento. Define como prioridade a seleção de obras que possuam uma expressão da decolonialidade do saber, seja abordando temas como racismo, discriminação religiosa, étnica, de gênero, xenofobia, etc. escritas por autores do Sul Global, assim como obras que contestam as narrativas hegemônicas e que dão voz a grupos historicamente marginalizados: povos indígenas, afrodescendentes, entre outros. A metodologia caracteriza-se como exploratória, pautada em revisão narrativa de literatura e estudo de caso. Conclui que o processo de mediação da informação decolonial permite que os usuários, ao se apropriarem da informação, sejam capazes de refletir e transformar o contexto em que estão inseridos, pensando sobre as condições sócio históricas que condicionaram as desigualdades e as situações precárias vividas hoje por diferentes grupos sociais que ainda sofrem por não terem acesso a seus direitos sociais, garantidos e protegidos pelo Estado.
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