As tecnologias digitais da comunicação têm possibilitado à educação várias formas de ampliação de um ensino mais inclusivo e equitativo por meio da educação aberta. No entanto, apesar das possibilidades, ainda é notório que muitos professores encontram dificuldade para fazer uso das tecnologias digitais de forma crítica e reflexiva durante o processo de formação dos estudantes. A falta de dados sobre o conhecimento e as práticas da educação aberta por parte dos professores impede a realização de atividades específicas de formação deste público. Este trabalho apresenta parte dos resultados de um estudo mais amplo em que se verificou as competências digitais relacionadas à educação aberta dos professores de duas instituições de ensino superior públicas localizadas em diferentes regiões do Brasil. Os dados foram coletados por meio do instrumento DigCompEdu Check-In (2021). Participaram do estudo, 224 professores, sendo a maioria do gênero masculino, com predominância de participantes com idade entre 50 e 59 anos. Constatou-se que os participantes da pesquisa apresentaram baixo desempenho no conjunto das questões específicas sobre a temática educação aberta. Concluiu-se que é necessário ampliar a discussão a respeito dessa temática na área da Ciência da Informação, para que as instituições de ensino e os bibliotecários possam contribuir para a capacitação dos professores do ensino superior no que diz respeito à educação e ciência aberta.