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ARTEFATOS QUE ANCORAM MEMÓRIAS: RELATOS SOBRE DUAS CIENTISTAS BRASILEIRAS
Última alteração: 2025-02-06
Resumo
Este trabalho aborda dois objetos utilizados em práticas científicas, atualmente preservados em uma instituição de memória, e os relaciona às trajetórias de duas mulheres cientistas: Bartyra de Castro Arezzo (1924-2022), pesquisadora e professora dedicada à Radioquímica e Química Nuclear, e Yeda Veiga Ferraz Pereira (1925-2021), graduada em Engenharia e reconhecida como a primeira astrônoma brasileira. Amparado em estudiosos de cultura material, o trabalho tem como objetivo ressaltar a durabilidade dos artefatos materiais e sua capacidade de sobrevivência aos seus antigos usuários e proprietários, o que permite associá-los a pessoas e eventos passados e, consequentemente, ancorar e acionar memórias. A sub-representação feminina nas Ciências ao longo do tempo é enfatizada, especialmente em áreas quase exclusivamente masculinas. O argumento foi desenvolvido por meio de estudos de caso e abordagem qualitativa. Como procedimentos metodológicos, foram utilizados pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa abordou obstáculos como o preconceito, o casamento e a maternidade, que não apenas influenciam a escolha da profissão por mulheres, mas também dificultam sua ascensão em carreiras científicas tradicionalmente exercidas por homens.
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