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Este artigo visa construir a trajetória de Maria Augusta Rui Barbosa através do que é dito sobre sua personalidade e sua vivência. Objetiva-se compreender quem foi essa mulher através dos fragmentos que são contados sobre sua vida reunidos de uma forma que se construa um entendimento mais amplo sobre ela. Para compor o procedimento museológico, será usada a teoria da construção de uma persona científica, proposto por Lorraine Daston e H. Otto Sibum na publicação Introduction: Scientific Personae and Their Histories como forma de fundamentar a elaboração de sua persona. Como resultado, observou-se que a persona de Maria Augusta Rui Barbosa não se assemelha a aquela amplamente divulgada anteriormente, sempre a sombra de seu marido, mas sim de uma mulher com considerável potência histórica. A partir do que se evidenciou de Maria Augusta, considera-se que é necessário revisitar trajetórias fossilizadas de mulheres que se relacionaram com homens públicos e estão presentes nas instituições museológicas do Brasil.