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MEMÓRIA, TESTEMUNHO E ARQUIVOS PESSOAIS: ESTUDO DE CASOS EM PERSPECTIVA DE GÊNERO INTERSECCIONAL
Última alteração: 2025-02-06
Resumo
A produção de conhecimento precisa ser problematizada a partir de uma perspectiva de gênero interseccional, para que se possa caminhar no sentido da superação de violências epistêmicas e do quotidiano. Discute-se, neste trabalho, a relevância de testemunhos e arquivos pessoais na produção de novas epistemologias em memória social, a fim de avançar nessa direção. Sendo assim, analisam-se obras escritas não-ficcionais, de publicação recente, produzidas pelas autoras Grada Kilomba, Jota Mombaça e Amara Moira. Para tal, trechos das obras examinadas serão submetidos ao crivo teórico-metodológico da análise do discurso de vertente francesa. Assim mesmo, as dinâmicas sociais e históricas que moldam a memória, a identidade e o conhecimento serão pensadas com base nos conceitos foucaultianos de ‘alheiamento’ e ‘testemunho de si’. Dois movimentos serão feitos com base na obra das autoras: refletir sobre testemunhos e arquivos pessoais de experiências de gênero interseccional como ‘cuidado de si’; aplicar a ADF para examinar a relevância social e política de arquivar a própria vida. A finalidade é aprofundar na análise sobre se, e em que medida, tais obras podem ser consideradas arquivos pessoais de conhecimento situado e interseccional, no marco de uma proposta de virada testemunhal e decolonial do saber histórico.
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